
CANNABIS MEDICINAL

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Informações do texto: benefícios da cannabis medicinal, forma de usar, dose e em quais doenças)
O uso medicinal da cannabis é milenar, e os primeiros registros datam de quase 5 mil anos! Na medicina moderna, seu uso vem ganhando espaço apenas nos últimos anos pois, pelo fato de a maconha fumada trazer muitos malefícios à saúde (principalmente mental), sua proibição levou a uma redução da possibilidade de estudos dentro da medicina.
É importante contextualizar a maconha fumada nesse cenário. A cannabis possui diversos componentes, sendo os dois principais o CBD (canabidiol) e o THC. Ambos tem propriedades medicinais, mas o THC apenas é medicinal em baixas doses e associado ao CBD. Em altas doses, o THC pode levar, quando usado com frequência, à ansiedade, surto psicótico (esquizofrenia), apatia, síndrome amotivacional (falta de motivação para tudo, como se fosse uma depressão grave) e prejuízos cognitivos (redução da capacidade de atenção e raciocínio e prejuízo de memória). A maconha fumada contém um teor altíssimo de THC e, por isso, ela é extremamente prejudicial e jamais deve ser utilizada para fins medicinais (por melhor que possa fazer você se sentir, eu prometo que o uso constante faz muito mal à sua saúde mental!)
A cannabis medicinal pode ter diferentes apresentações: pode conter apenas CBD (isolado); pode ser com CBD associado a outros derivados dele e outros componentes com propriedades medicinais; pode também conter THC em diferentes concentrações, geralmente associadas a altas concentrações de CBD. Existe, ainda, o extrato concentrado de THC, mas suas aplicações são bem específicas dentro da medicina e, na maior parte dos pacientes, seu uso é feito em associação com outros produtos que contenham CBD.
A combinação de CBD e seus derivados com THC e seus derivados mais outros componentes da planta (terpenos e flavonoides) é o que chamamos de óleo Full Spectrum ou Extrato de Cannabis Sativa, recentemente regulamentado pela ANVISA e já disponível para compra em farmácias, mediante prescrição médica com receita específica. Esse tipo de produto nos permite obter os benefícios de todos os componentes da planta, sem os prejuízos sabidamente existentes, acima citados, da maconha fumada - claro, desde que haja indicação, que seja prescrito em doses corretas e que o acompanhamento do paciente seja feito de maneira regular!
A cannabis medicinal pode ser usada de várias maneiras (oral, sublingual, tópica, inalada -- não utilizada no Brasil -- supositório, vaginal) mas, a mais comum, é em forma de óleo para uso oral ou sublingual. A dose é sempre individualizada! Ou seja, não existe dose padrão e, por isso, o acompanhamento médico é indispensável. Doses baixas demais não funcionam e doses altas demais fazem mal. A dose ideal de cada paciente será descoberta ao longo do tratamento! Por esse motivo, jamais o uso deve ser realizado sem acompanhamento médico!
A cannabis medicinal tem potencial terapêutico em diferentes doenças: ansiedade, depressão, insônia, fibromialgia e outras dores crônicas, autismo, TOC, Estresse Pós-Traumático, casos específicos de TDAH, Síndrome de Tourette (tiques), dependência química (incluindo de maconha), demências e epilepsia (que foi o que a tornou famosa, por parar as crises de crianças que não melhoravam com anticonvulsivantes tradicionais). Em todas elas o uso é compassivo, ou seja, não é a primeira escolha, mas sim a última, quando tratamentos sabidamente eficazes falharam! Isso acontece porque os dados de eficácia que temos em estudos científicos ainda são poucos e também porque não sabemos ainda potenciais malefícios do seu uso em longo prazo!
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